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Após reabertura, cerveja e tira-gosto ficam mais caros nos bares de Belo Horizonte

Após cinco meses de fechamento e diante do aumento do custo de alimentos e bebidas, os bares de Belo Horizonte elevaram os preços cobrados dos consumidores, de acordo com pesquisa divulgada nesta segunda-feira (26) pelo site Mercado Mineiro. O levantamento foi realizado em 50 estabelecimentos da capital e da região metropolitana, entre os dias 20 e 24 de outubro.

A maior alta foi observada no preço médio na porção de contra filé, que passou de R$ 44,19, em outubro do ano passado, para R$57,59 neste mês, um avanço de 30%. A porção da picanha ficou 13,80% mais cara e subiu de R$ 68,55 para R$ 78,01. Já o preço médio da porção de fritas aumentou 12,91%, de R$ 19,97 para R$ 22,55.

Nas cervejas, também houve acréscimos. O valor médio da Heineken de 600 ml passou de R$ 12,20 em outubro do ano passado para R$ 13,82 neste mês, um aumento de 13,27%. A cerveja Original de 600 ml subiu de R$ 10,27 para R$ 11,05, o que representa um avanço de 7,56%. Já a Stella Artois de 275 ml ficou 8,18% mais cara, de R$ 7,03 para R $7,60. A cerveja Budweiser de 343 ml teve alta de 7,85%, de R$ 6,96 para R$ 7,51.

De acordo com o diretor do site Mercado Mineiro, Feliciano Abreu, o aumento dos preços cobrados nos bares já era esperado, devido à disparada do preço da carne, que acumula alta de até 38% neste ano em Belo Horizonte, e das bebidas.

“É um mercado que sofreu muito, ficou fechado por muito tempo, muita gente perdeu estoque. O consumidor hoje está doido para ir ao bar, mas muitas vezes não tem dinheiro para consumir. Os donos dos estabelecimentos até seguram o preço o máximo que podem, porque, se aumentam muito, não conseguem vender”, pontua Abreu. “Ou a população começa a receber bem e recuperar a venda para volta a consumir, ou vamos ter um longo período de de redução de consumo nos bares, com possibilidade forte de eles fecharem as portas”, afirma.

Segundo o presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes em Minas Gerais (Abrasel-MG), Ricardo Rodrigues, todos os insumos utilizados pelo setor ficaram mais caros, como carne, óleo, arroz e bebidas. “Alguns insumos básicos chegaram a ter alta de 60% e, mesmo assim, os bares não fizeram um repasse elevado. Se formos comparar o que tivemos de alta nos insumos com o que foi acrescido no preço (para o consumidor), o repasse está bem modesto”, diz.

Rodrigues defende que o poder público avance nas medidas de flexibilização para bares e restaurantes e retire o limite máximo de horário para o funcionamento dos estabelecimentos, que, atualmente, é de 22h.

De acordo com o presidente da Abrasel-MG, o movimento nos bares tem sido retomado com mais força do que nos restaurantes, por causa do público mais jovem. Mas ainda não é o mesmo de antes da pandemia, por causa das restrições impostas pelo município como forma de prevenção ao coronavírus.

“Existe, sim, possibilidade de amanhã ou depois, se houver flexibilização, voltarmos ao preço antigo de alguns produtos”, afirma.

Variação de preços

A pesquisa do site Mercado Mineiro mostra também grande variação de preço entre os bares, o que se justifica em função da localização e da tradição dos estabelecimentos e também da qualidade dos produtos.

Uma porção de lombo suíno na chapa pode custar de R$ 20 a R$ 69,30, uma diferença de 246%. A porção de picanha pode ser encontrada por R$ 49,90 a R$ 170, uma variação de 240%. Já o preço das fritas varia até 134%, de R$ 14,90 a R$ 34,90.

Entre as bebidas, a caipirinha sai por R$ 8 a R$ 20 nos estabelecimentos, uma diferença de 150%. A Cerveja Bohemia de 600 ml pode custar de R$ 8,40 a R$ 12,50, com uma variação de 49%. O preço da Brahma 600 ml varia até 50%, de R$ 8 a R$ 12, e, no caso da Skol de 600 ml, a diferença chega a 60%, com preços de R$ 7,50 a R$ 12.

Fonte: O Tempo

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