Os gastos do brasileiro com cerveja não registraram uma grande alteração, ao contrário da migração do consumidor entre categorias, que tem sido significativa, aponta o Credit Suisse em uma nova pesquisa sobre o setor. Em comparação com o período anterior à crise da covid-19, 42% dos entrevistados afirmam que agora bebem marcas mais baratas, 32% marcas mais caras e 26% não mudaram seu consumo.
O banco entrevistou 800 consumidores de bebidas alcoólicas em todo o Brasil no dia 23 de novembro, em parceria com o Grupo Gerson Lehrman. “A amostra representa a população do Brasil em termos de idade, sexo e região, mas não renda / nível de educação, o que pode resultar em algumas discrepâncias das conclusões alcançadas em nosso terceiro tour anual de cerveja”, escrevem os analistas do Credit Suisse sobre o mais recentemente levantamento divulgado por eles na semana passada.
Outra observação da pesquisa, é que a covid-19 levou a uma menor frequência de consumo. Desde o começo da pandemia, mais brasileiros afirmam beber cerveja menos vezes por semana do que antes, em comparação com aqueles que afirmam beber com mais frequência do que antes. Apenas 64% dos entrevistados ainda bebem cerveja de uma a três vezes por semana desde o início da crise da covid-19 (contra 77% do período anterior). Além disso, 15% dos entrevistados agora bebem cerveja menos de uma vez por semana, contra 7% de antes da covid-19.
Ainda assim, o banco diz que é apenas uma questão de tempo para os consumidores voltarem a frequentar bares, o que deve aumentar a frequência de consumo. Isso porque 89% dos entrevistados disseram que, com vacina, se sentiriam confortáveis em retornar aos bares.