Confira aqui o ranking de marcas de bebidas mais valiosas do mundo
Essa semana foi apresentada uma pesquisa de mercado das marcas de cerveja e outras bebidas mais valiosas do mundo e duas brasileiras aparecem no ranking feito pela Kantar.
A Skol aparece em 9º lugar no lista, valendo US$7.303 milhões, ou seja, aproximadamente R$38.333.447,00. Além dela, a Brahma aparece em 16º com o valor de US$ 3,834 milhões.
As marcas aparecem ao lado de nomes famosos como Heineken, Guinness, Stella Artois, Smirnoff e Budweiser. Veja o ranking abaixo:
Ranking 2021 | Marca | País de Origem | Valor 2021 (Milhões) | Valor 2020 (Milhões) |
1 | Moutai | China | US$ 109,330 | US$ 57,755 |
2 | Budweiser | EUA | US$ 16,173 | US$ 14,654 |
3 | Wu Liang Ye | China | US$ 14,539 | N/A |
4 | Heineken | Países Baixos | US$ 12,879 | US$ 11,136 |
5 | Stella Artois | Bélgica | US$ 10,901 | US$ 9,975 |
6 | Bud Light | EUA | US$ 9,373 | US$ 9,702 |
7 | Corona | México | US$ 8,893 | US$ 7,853 |
8 | Jack Daniel’s | EUA | US$ 7,766 | N/A |
9 | Skol | Brasil | US$ 7,303 | US$ 6,819 |
10 | Cass | Coreia do Sul | US$ 7,024 | N/A |
11 | Hennessy | França | US$ 5,845 | N/A |
12 | National Cellar 1573 | China | US$ 4,921 | N/A |
13 | Tecate | México | US$ 4,186 | N/A |
14 | Smirnoff | Rússia | US$ 4,113 | N/A |
15 | Guinness | Irlanda | US$ 3,846 | US$ 3,930 |
16 | Brahma | Brasil | US$ 3,834 | US$ 3,733 |
17 | Yanghe | China | US$ 3,718 | N/A |
18 | Michelob Ultra | EUA | US$ 3,715 | N/A |
19 | Modelo | México | US$ 3,472 | US$ 3,326 |
20 | Asahi | Japão | US$ 3,472 | N/A |
Fonte: Kantar
“Aaah, mas Skol não é cerveja de verdade”. É sim!
Brasil tá aí, exibindo duas marcas de cerveja junto à outras gigantes internacionais. A Guinness está para a Irlanda como a Skol está para o Brasil. Esse é o retrato, por mais que possa parecer piada (pode até ter um tom de sarcasmo) mas é a verdade.
Pensando em volume, disponibilidade a aceitabilidade, essas duas marcas de cerveja representam muito bem o brasileiro no seu churrasco de final de semana, no cooler que leva para a praia e a cerveja que toma durante o carnaval.
Poderia ser uma cena diferente, de maior valorização de qualidade além da quantidade? Poderia até, mas acredito que parte disso está atrelado à nossa cultura, nosso modo de levar a vida e se divertir. Na praia, a gente quer algo leve, refrescante, de baixo custo (Essa é a vontade de todo mundo, não é? Se divertir e ter momentos de lazer gastando pouco).
E por mais que meu desejo e o desejo do mercado craft seja estar mais presente na mesa do consumidor, entender esses hábitos de consumo podem nos ajudar a criar produtos que atendam realmente à necessidade do consumidor, em vez de inflar o ego de cervejas hypadas. É uma crítica para atender melhor as expectativas do público.
No fim, tem espaço pra todo mundo, vai ter gente que gosta de cerveja leve e “aguada” sim e vai ter gente que gosta de cerveja diferentona, cheia de firula também.
O ponto é, que não dá pra deixar de considerar que ter duas marcas brasileiras no ranking das mais valiosas do mundo, é um grande passo e uma forma de ganhar espaço e visibilidade no cenário mundial.
É importante lembrar que fora da nossa bolha de cerveja artesanal, tem um grande público literalmente sedento por cervejas que cabem no seu bolso e momento de lazer. Enquanto isso, a gente vai fazendo nosso trabalho de falar sobre estilos, história, produção, serviço, etc. pra quem tem interesse.
Esse texto, é o meu retorno exaltando o povão (me incluo aqui também), que curte sentar no barzinho de cadeira de plástico, comendo amendoim e torresmo.