Recentemente a Shout Brasil desenvolveu a coleção American Beer, onde todas as camisetas foram baseadas na Escola Cervejeira Americana, em sua trajetória, seus processos e estilos de cerveja.
A Escola Cervejeira Americana é a última grande escola, além dela temos as escolas alemã, belga e inglesa.
O que caracteriza as Escolas Cervejeiras são os seus insumos, métodos de produção próprio e estilos de cerveja.
A Shout Brasil elaborou a camiseta Fifty Stars em homenagem a trajetória desta escola, que foi a última a ser criada e passou por diversos obstáculos ao longo do caminho. Vamos contar um pouco desta escola que é referência para muitas cervejarias no Brasil.
A história da Escola Cervejeira Americana
Em 1876, os Estados Unidos produziam cervejas artesanais por conta dos seus imigrantes europeus que colonizavam o território. Cerca de 2.700 cervejarias produziam localmente, sem distribuição para o resto do país.
Em 1920, foi implantada nos a Lei Seca, conhecida como “The Noble Experiment”. Para o governo americano, todos os males vividos no país era causado pelo álcool. Dessa forma, todas as cervejarias foram dizimadas, litros e mais litros de cerveja confiscados e jogados fora.
Escola Cervejeira Americana é homenageada com camiseta Fifty Stars
A lei ficou 12 anos em vigor, até que foi revogada, sendo considerada como o maior fracasso legislativo do país. Nos anos 80 e 90, as cervejarias se consolidaram e mudaram completamente o rumo dessa Escola Cervejeira, contando, atualmente com mais de mil cervejarias em solo americano.
As características desta Escola Cervejeira Americana lembra um pouco a personalidade do seu povo: eles arriscam e buscam serem os melhores, assim, testam receitas de outras escolas usando o exagero, a excentricidade e o extremismo. As receitas são elaboradas com muito malte, muito lúpulo, muito álcool ou maior tempo de maturação, resultando em cervejas bem complexas, mas, como toda história existe um outro lado, a Escola Cervejeira Americanatambém é conhecida por criar o estilo de cerveja mais consumido no mundo, uma receita que gera criticas à escola por parte de alguns entusiastas.
A maior influência exercida pela Escola Cervejeira Americana está presente no nosso cotidiano, as cervejas estão logo ali, no bar da esquina, sendo estupidamente gelada por suas geladeiras com temperaturas negativas. Isso mesmo, é a cerveja batizada de “Pilsen” de forma errada por cervejarias nacionais por questões comerciais.
As cervejas de massa, estas que você terá de consumir “estupidamente gelada para descer redondo e ser BOA” e que normalmente associam mulheres e cerveja em seus comercias, pois então, o estilo verdadeiro desta cerveja é American Lager, largamente produzida por praticamente todas as grandes cervejarias do Brasil e outras tantas pelo mundo.
A cerveja possui um caráter suave e refrescante, ficou popular rapidamente em alguns lugares do mundo, principalmente pelo seu baixo custo de produção e alto “drinkability”. O Brasil, não é uma exceção, devido ao seu clima quente e o baixo poder aquisitivo da população em grande maioria.
Neste caso você deve estar perguntando-se; “Isso quer dizer que esta cervejas são ruins?”, na verdade ela entrega aquilo que o estilo propõe, refrescância, sem complexidade de aromas ou sabores e baixo custo para o consumidor. Não há como comparar uma cerveja deste estilo com uma cerveja Lambic feita de cerejas Kriek, por exemplo, são propostas diferentes.
Com a Lei Seca e a II Guerra Mundial, o acesso aos cereais maltados para as produções estava comprometido. Não vendo outra alternativa, os produtores passaram a utilizar cereais que estavam a disposição na época, como o milho e o arroz para compensar a falta de cevada.A história do estilo American Lager teve início lá em 1920, com a Lei Seca, como havia sido mencionado anteriormente, o efeito causado pela lei foi totalmente contrário do que era esperado, ao invés de acabar com o consumo de álcool, com problemas sociais, entre outros, a lei gerou a desmoralização das autoridades, o aumento da corrupção, explosões da criminalidade em diversos estados e o enriquecimento das máfias que dominavam o contrabando de bebidas alcoólicas. O ponto de encontro das pessoas que queriam beber eram os “Speakeasies”, bares clandestinos na região subterrânea, com o objetivo de não chamar atenção. O ato de proibição nacional eternizou o nome de várias pessoas, como do ícone gangster Al Capone, que comandou o comércio de bebidas alcoólicas em Chicago.
Após o fim da lei, uma estabilização do mundo pós-guerra, o estilo já havia se popularizado, talvez pelas mesmas características citadas anteriormente. Hoje todos sentem o reflexo da Lei Seca Americana.
Com isso concluímos que o estilo popular e refrescante das American Lagers foram desenvolvidos para atender um povo que não poderia sequer produzi em sua casa cerveja para consumo próprio, um povo que passou por dificuldades do pós-guerra e enfrentou tudo isso com muita criatividade, uma característica marcante e que está presente em suas cervejas até hoje.
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A Shout Brasil desenvolveu esta camiseta que faz menção a bandeira americana, um dos símbolos de maior orgulho daquela nação, a estampa Fifty Stars é a primeira camiseta da coleção elaborada para homenagear esta escola cervejeira. O número 5 com o logo da Shout Brasil em forma circular faz alusão ao número 50, que por sua vez lembram as 50 estrelas presentes na bandeira americana, as estrelas honram cada um de seus estados.
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