Cerveja em Foco

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Uma nova história para empreendedores do setor de alimentos e bebidas

Os últimos meses têm afetado muitos empreendedores no mundo, analistas do mercado financeiro, em fevereiro, previam um crescimento de 2,4% no PIB. Agora, um estudo da Economist Intelligence Unit prevê queda de até 5,5%, que, a se confirmar, será a maior queda anual do PIB da história do país. Estudo divulgado pelo Sebrae mostra que no Brasil, pelo menos 600 mil micro e pequenas empresas já fecharam as portas e 9 milhões de funcionários foram demitidos em razão dos efeitos econômicos da pandemia.

Há um trecho do livro “Turning to one another” de 2002, de Margaret Wheatley, que pode representar muito o momento que vivemos como empreendedores: “Não fomos treinados para admitir que não sabemos, quase todos fomos orientados a demonstrar segurança e confiança, a expor nossa opinião como se fosse verdadeira. Mas o mundo atual se mostra bastante desconcertante. Precisamos estar dispostos a abandonar as nossas certezas e a esperar uma certa confusão durante algum tempo. Mas a realidade não muda sozinha, precisamos agir. O futuro não é um caminho pré-determinado que somos obrigados a seguir. Podemos mudar a direção a partir daqui. Precisamos pensar criticamente, observar o que está acontecendo e decidir o que queremos fazer a respeito”. O livro é de 2002, mas a realidade retratada neste trecho parece ser dos dias atuais.

Ninguém sabe ao certo como será o dia de amanhã, nem os maiores especialistas aparentam entender o futuro do mercado gastronômico, mas a maioria fala abertamente sobre isso e deixa claro, com humildade, sua limitação nesse momento, todos reconhecemos que precisamos mudar nossas atitudes para se adaptar a nova realidade do mercado.

Uma lição que os vôos nos ensinam

Neste momento, manter a saúde mental e física e, se quando possível, a calma, é fundamental para suportar os desafios. Só assim você poderá ajudar sua empresa, sua equipe, seus fornecedores, seus clientes, sua família e amigos.

Se você já voou ou assistiu algum filme daqueles típicos que acontecem dentro de um avião, certamente você já ouviu o seguinte recado: “Em caso de despressurização da cabine, máscaras de oxigênio cairão automaticamente. Puxe uma das máscaras, coloque-a sobre o nariz e a boca ajustando o elástico em volta da cabeça e respire normalmente. somente depois auxilie quem está ao seu lado”, ou seja, primeiro preocupe-se em fazer tudo o que for necessário para se proteger, cuide da sua segurança e do seu bem estar, depois que você estiver com isso resolvido, você poderá tentar ajudar o próximo.

Somos parte da mesma cadeia de serviços

Pequenas empresas, que já se relacionavam com clientes por redes sociais e tinham o contato de seus clientes, conseguiram amenizar um pouco dos seus danos com algumas campanhas e delivery no começo do período de isolamento. Por outro lado, restaurantes que não focavam em entregas, que não mantinham relacionamento com seu cliente após a prestação do serviço ou eram fortes em eventos sentiram o seu negócio esvaziar da noite para o dia. Você precisa olhar com atenção e carinho para as suas vendas, mas não esqueça dos fornecedores e demais parceiros de negócio que você criou durante o período em que a sua empresa esteve aberta. Você não está sozinho, há uma cadeia dependendo do seu esforço, pense que a cerveja que você disponibiliza em seu estabelecimento é como uma corrente, que, precisou de um agricultor, de uma cervejaria e de um distribuidor para que ele chegasse até você, e assim, fez sua empresa oferecer o melhor chope da sua cidade, pense se um desses elos da corrente quebrar, você ainda será o melhor ponto de chope da cidade?

Nosso negócio não é gastronomia

O mercado já sinaliza há anos que a era digital está presente nos empreendimentos gastronômicos, onde vários bares e restaurantes começam a ser criados de uma forma “instagramável“, pratos e drinques são elaborados pensando nesse formato para redes sociais, porém, convenhamos que várias empresas não eram adeptas e aparentavam que nunca seriam desse novo modo de se relacionar com os clientes. Muitos tiveram de aprender quando a dor veio no bolso, a importância de se comunicar com os clientes agora virou essencial e isso é feito principalmente por redes sociais. Não vamos nos descuidar dos produtos, mas se não comunicarmos com efetividade, nada mais será suficiente. Investir no relacionamento com clientes, mostrar sua diferença em meio a uma tempestade de ofertas, comunicar de maneira efetiva o principal ativo da empresa, atender à necessidade do consumidor e entregar o que promete: isso agora é ouro. Não esqueça de que “Você vende uma experiência, não um produto!”

Menos sempre será mais

Vamos facilitar a vida dos clientes – e a nossa? Facilite o processo de decisão dos seus clientes, evite o excesso de informações, seja cirúrgico na oferta e reorganize seu mix de produtos, refaça seu cardápio para suas vendas online. O menu deve ser enxuto e refletir o que você tem de melhor. Pense em um cardápio e em produtos que podem contribuir com a saúde e a imunidade do consumidor, mas não descuide das margens.

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Espero que a reflexão sobre estes pontos te ajude nesta nova e desafiadora jornada.

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