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Cerveja zero álcool veio pra ficar

Frente a muitas mudanças no consumo, a busca por opções sem álcool quase dobrou de 2019 a 2021 de acordo com uma Pesquisa do Sindicerv via Euromonitor.

Para uma cerveja ser considerada sem álcool no Brasil, ela deve ter abaixo de 0,05% de teor alcoólico e os processos para obter esse resultado são diversos, e variam de acordo com a disponibilidade de tecnologia da cervejaria.

Taça de cerveja

O acesso a tecnologias eficientes para o processo são uma barreira para cervejarias, mas a outra preocupação é o volume de vendas e absorção de mercado a esse tipo de produto. É preciso entender a demanda e os canais de venda que podem ser interessantes.

Do ponto de visto do consumidor que deseja o acesso a diferentes estilos de cerveja sem álcool ainda é frustrante, a dificuldade é encontrar variedade de marcas e estilos, além de Pilsen. Além do custo que ainda costuma ser acima da cerveja comum.

Mas é visível o aumento do espaço de prateleiras destinado a esse produto, digo por experiência própria, por vezes busco algo para poder acompanhar a social dos amigos ou família e poder dirigir depois e fico feliz de encontrar mais de duas opções. Pensando no mercado de 5 anos atrás, isso já é um grande passo.

Acredito que seja uma tendência crescente e muito saudável, diga-se de passagem. Garante a sobriedade para dirigir (verifique o teor alcoólico), serve para aqueles dias que deseja pegar mais leve, mantém o fator social de beber em conjunto sem comprometer a saúde.

E é importante ressaltar que o crescente interesse do consumidor x a oferta das cervejarias desperta mais elementos que fortalecem esse mercado, como por exemplo o fomento de pesquisas que buscam a otimização de receitas.

Uma pesquisa da Unesp por exemplo, desenvolveu uma cerveja puro malte, de baixo teor alcoólico, com propriedades isotônicas. Com um processo de baixo custo e de fermentação interrompida, a cerveja não ultrapassa 0,02% de álcool e pode evitar a desidratação de acordo com os pesquisadores.

Saiba mais sobre a pesquisa aqui.

Minha esperança é que pesquisas como essas continuem a crescer e trazer mais investimentos, interesse e fomento para que esse segmento continue a crescer. Isso mostra maturidade de mercado e do consumidor, que busca alternativas mais saudáveis para continuar a experiência de beber uma boa cerveja, sem necessariamente ter os ônus do álcool. A ausência da ressaca por exemplo, é algo a se considerar.

Estive em alguns mercados observando as prateleiras e encontrei pelo menos 3 estilos de cerveja sem álcool, curiosa que sou, saio comprando o que posso para experimentar e ter como opção quando precisar.

E você já está aderindo a essa tendência ou ainda está resistindo?

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