Talvez você não conheça a história de St. Arnold de Metz, ou popularmente conhecido no continente latino como St. Arnulf de Metz, mas se você gosta de cerveja, segundo a igreja católica, esse santo pode ser o seu protetor!
As tradições de devoção a este santo remontam a metade do primeiro milênio do calendário cristão, onde fontes designam Arnulf de Metz como herdeiro de uma família nobre de origem antiga, nascido no século VII e bispo de Metz, não confunda a história de St Arnulf de Metz com as histórias de Arnaldo de Soissons, conhecido com St. Arnould ou até por St Arnulf I, que era um monge beneditino do século XV e bispo de Soissons e que viveu na região de Flandres.
A tradição mais antiga narra que em 612 Arnulf, filho de Arnoaldo de Metz, bispo de Metz e marquês de Scheldt, foi nomeado bispo de Metz, capital da Austrásia, embora nem sequer tenha sido consagrado à vida religiosa. Depois de uma intensa vida política, que o viu no centro de numerosas tramas de poder e guerra, retirou-se para a ermida colombiana de Remiremont, na França, onde morreu com fama de santidade em 641.
O corpo de Arnulf foi enviado para Metz, onde foi enterrado na basílica com o seu nome. A tradição cristã conta que durante a procissão em que as relíquias foram transportadas, ocorreu um milagre relacionado com a cerveja. Era 18 de julho e o calor do verão tornava insuportável a viagem dos fiéis que acompanhavam, onde um dos fiéis rogou para St Arnulf alguma providência, pois a cerveja estava no fim e não iria saciar a sede de todos. Após o pedido, a quantidade de cerveja distribuída conseguiu atender a todos que estavam acompanhando a viagem. Vale lembrar que naquela época não havia saneamento básico e era mais indicado consumir cerveja e vinho do que a própria água, por questões de saúde. A procissão parou na aldeia de Champignuelles.
Outras histórias de St. Arnulf
A história do Anel
Arnulf estava atormentado pela violência que o cercava e temia ter desempenhado um papel nas guerras e assassinatos que atormentavam as famílias governantes. Obcecado por esses pecados, Arnulf foi até uma ponte sobre o rio Mosela. Lá ele tirou seu anel de bispo e o jogou no rio, pedindo a Deus que lhe desse um sinal de absolvição, devolvendo-lhe o anel. Muitos anos penitentes depois, um pescador trouxe para a cozinha do bispo um peixe em cujo estômago foi encontrado o anel do bispo. Arnulf pagou o sinal de Deus ao se aposentar imediatamente como bispo e se tornar um eremita pelo resto de sua vida. [11]
A história do Fogo
No momento em que Arnulf renunciou ao cargo de bispo, um incêndio irrompeu nos porões do palácio real e ameaçou se espalhar por toda a cidade de Metz. Arnulf, cheio de coragem e sentindo união com o povo da cidade, ficou diante do fogo e disse: “Se Deus quer que eu seja consumido, estou em Suas mãos.” Ele então fez o sinal da cruz, ponto em que o fogo recuou imediatamente.
Curiosidade Histórica
Na época, os bispos da igreja católica tinham o direito de casar, com isso Arnulf teve um filho, Ansegisel, ao qual casou-se com a filha de Pepin, Begga. O filho deste casamento, Pepino II, era bisavô de Carlos Magno.
Fonte: Histoire-Généalogie