A Ambev anunciou recentemente que irá construir uma nova fábrica de vidros sustentáveis. Muito além de abastecer todo o país, a unidade representa a aposta no desenvolvimento da logística reversa e economia circular. Com previsão de começar a operar em 2025, a unidade ficará no Paraná e vai ter um investimento de R$ 870 milhões.
Segundo a companhia, toda a produção estará alinhada à meta da companhia de ter 100% dos seus produtos em embalagens retornáveis ou feitas majoritariamente de conteúdo reciclado até 2025.
A fábrica de vidros produzirá garrafas a partir da reciclagem de cacos, recolhidos em parcerias com empresas de logística reversa e cooperativas. A nova planta terá capacidade de produzir garrafas long neck, 300ml, 600ml e 1L para diversos rótulos, como Stella Artois, Becks e Spaten, e abastecerá suas cervejarias em diversos estados, além do próprio Paraná.
Além disso, a unidade terá 100% de energia elétrica renovável e será preparada para operar com biocombustíveis. Contará com uma estação para tratamento de 100% dos efluentes gerados e reaproveitamento da água utilizada no processo e várias tecnologias de ponta, garantindo alta eficiência hídrica e energética.
De acordo com Rodrigo Figueiredo, vice-presidente de Sustentabilidade e Suprimentos da Ambev, a nova fábrica de vidros vai impulsionar um futuro cada vez mais sustentável, impactando positivamente todo o ecossistema de logística reversa. Além da meta de embalagem circular, a construção endereça outros compromissos da companhia, como ter 100% da energia proveniente de fontes renováveis.
A primeira fábrica de vidros da Ambev, inaugurada em 2008 no Rio de Janeiro, é hoje a vidreira que trabalha com o maior percentual de material reciclado do Brasil. Neste ano, fez – de forma pioneira depois de alguns anos de pesquisa e desenvolvimento – a sua primeira garrafa de vidro 100% reciclado no país em escala industrial, aponta a companhia.
A Ambev destaca em comunicado que o vidro, que é uma das principais embalagens das bebidas, tem grande potencial de reciclagem. Quando reciclado, além de fomentar a cadeia de logística reversa, gera impactos positivos como redução do consumo de energia e das emissões de CO2 lançados na atmosfera.