Segundo o índice Abrasel-Stone, 15 estados brasileiros apresentaram baixa nos resultados mensais.
Desempenho do setor em Junho
Após um aumento em maio, o setor de bares e restaurantes registrou uma queda de 0,7% no volume de vendas em junho, de acordo com o Índice de Atividade Econômica Abrasel-Stone. Mesmo com o Dia dos Namorados, uma das datas mais lucrativas do ano, os estabelecimentos não conseguiram superar a alta de maio. Comparado ao mesmo período do ano passado, o setor também apresentou um desempenho negativo, com uma redução de 0,3% nas vendas em junho.
Desafios regionais e econômicos
O índice apontou retração mensal em 15 estados brasileiros, sendo Tocantins (-3%), Alagoas (-2,9%) e Espírito Santo (-2,7%) os mais afetados. Em contrapartida, Paraíba (2,5%), Amazonas (1,9%) e Mato Grosso (1,2%) apresentaram os melhores resultados. Paulo Solmucci, presidente-executivo da Abrasel, destaca que o setor enfrenta dificuldades em repassar a inflação dos insumos para os cardápios, refletindo em um baixo volume de vendas. Segundo pesquisa da Abrasel, 64% dos empreendedores operaram sem lucro, com 25% em prejuízo e 39% em equilíbrio.
“Apesar do Dia dos Namorados ser tradicionalmente uma data forte para o setor, as vendas de junho não atingiram o mesmo impacto positivo observado em maio”, afirma Solmucci. “A queda de 0,7% em junho reflete os desafios contínuos enfrentados por bares e restaurantes em diversos estados brasileiros. É um cenário preocupante em que o setor precisa se equilibrar entre dívidas, alta inflação dos insumos e dificuldade em fazer lucro”, completa.
Perspectivas para o segundo Semestre
Com os resultados de junho, o setor fecha o primeiro semestre de 2024 com um desempenho volátil e uma queda acumulada de 2,3% em comparação ao mesmo período de 2023, conforme explica Matheus Calvelli, cientista de dados e pesquisador responsável pelo levantamento.
“O resultado é explicado principalmente por um mês de janeiro bem abaixo das expectativas. No entanto, é importante frisar que o setor vem reduzindo esta diferença ao longo do semestre, o que melhora os prospectos para o restante do ano”, finaliza o cientista.
Fonte: ABRASEL
