A mestre-queijeira Maristela Nicolellis, da Fazenda Santa Luzia, de Itapetininga/SP, e o beer sommelier e chef de cozinha Daniel Martins criaram a iniciativa de convidar cervejarias que apoiam o mercado queijeiro para participar da criação de um novo queijo a partir da cerveja. “Maristela faz queijo há 15 anos e foi a primeira queijeira do estado de São Paulo a ter certificação para produzir de maneira artesanal”, conta Daniel, para a Revista da Cerveja
O projeto é trimestral e está chegando em seu terceiro lote, as produções foram feitas com a cervejaria Bamberg (SP), no qual utilizaram a cerveja Rauchbier, e a outra produção foi com a Crazy Rocker, também paulista, no qual a cerveja escolhida foi uma American Pale Ale em uma receita de queijo base Saint Paulin, de origem francesa, produzido por monges trapistas. O primeiro é de massa semi-cozida, com uma coloração palha e interior macio, seu sabor é suave e a casca possui uma coloração amarronzada causada pela cerveja. Já o segundo queijo tem a cerveja inserida na massa e durante o processo de cura, na lavagem da casca, o resultado é um queijo extremamente aromático, apresentando notas cítricas do lúpulo Cascade, de coloração alaranjada e interior macio, sua consistência chega a ser amanteigada.
A terceira produção já está fechada com a cervejaria mineira Wäls, que irá fornecer sua cerveja Dubbel. A cerveja será inserida na massa e na lavagem da casca do queijo. “Quando Daniel me falou da ideia, nós ficamos loucos lá na Wäls. Eu e meu irmão topamos o desafio na hora. E ficou perfeito!” diz Zé Felipe, um dos sócios da cervejaria mineira. De base Saint Paulin, o queijo passou por uma maturação de 30 dias, no qual proporcionou notas de nozes e caramelo.
Durante os próximos três meses, você poderá encontrar o queijo na loja Queijo com Prosa, no Rio de Janeiro, na Fazenda Santa Luzia, em Itapetininga/SP, e em bares e restaurantes da Wäls, em Belo Horizonte.
Fonte: Revista da Cerveja
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