A garrafa long neck da Heineken se tornou a queridinha dos brasileiros. Em dez anos desde a chegada da cervejaria holandesa no país, a marca da estrela vermelha mudou a forma como se produz e consome cerveja no Brasil. Mesmo assim, ainda não é a marca mais consumida.
Em sua pesquisa sobre consumo de cerveja, o Credit Suisse entrevistou 800 consumidores de bebidas alcoólicas pelo Brasil, em parceria com o Gerson Lehrman Group, grupo norte-americano de serviços de consultoria. A amostra representa a população brasileira em termos de idade, sexo e região, mas não em termos de renda ou nível educacional, mais altos que a média brasileira.
Segundo a pesquisa, a Heineken continua sendo a marca preferida da maioria, citada por 28% dos consumidores. O Credit nota, no entanto, que isso pode ser por conta do nível educacional e de renda dos respondentes da pesquisa. No pódio também estão as marcas da Ambev, Brahma e Skol, em segundo e terceiro lugar.
Apesar de ser a marca favorita, a Heineken não é a mais consumida – Skol, da Ambev, é a líder de vendas, seguida pela Heineken. Além disso, embora a Heineken seja a favorita para 28% dos respondentes, apenas 22% dizem que essa é a marca consumida com maior frequência, uma distância grande entre preferência e consumo, nota o banco.
Entre os possíveis motivos citados pelo Credit, estão os preços altos e a falta de estoque, problemas também encontrados durante a última pesquisa do banco com donos de bares. Mais uma vez, a Ambev, líder absoluta no mercado nacional, foi destaque em distribuição, chegando a 98% dos bares, incluindo 100% dos estabelecimentos em bairros de alta renda.