Como diriam alguns, a incrível arte de fazer tudo igual, parecido ou idêntico…
Lá pelas bandas de Vermont
Quando o cervejeiro da The Alchemist desenvolveu a Heady Topper ele só queria tomar uma Double IPA não filtrada, como bem disse o Fabrício na matéria sobre NEIPAs aqui no Cerveja em Foco.
Não foi de graça que o nome se chamou NEIPA, por conta de New England, região no extremo nordeste americano onde se criaram diversos estilos.
O movimento craftbeer foi pela diversidade
Um dos principais motes dos movimentos cervejeiros sempre foi pela diversidade, pela ampla gama de estilos que o meio poderia produzir em contraponto a invasão das american lagers que padronizavam o paladar.
As IPAs como maiores descontrutoras
As IPAs de um modo geral foi quem interrompeu a relação a tudo o que era tipicamente igual nas cervejas de massa. Foi, em muito, a bandeira da revolução cervejeira, com seu amargor mais pronunciado, limpo, trazendo características diversas de lúpulos com sensorial de frutas tropicais, cítricas, etc.
Tuuuuuudo igual
As NEIPAS dos últimos tempos têm seguido um padrão igual ao mesmo padrão que as American Lagers produziam. Hoje o que vemos é um amontoado de cervejas de estilo NEIPA iguais, tudo igual, tudo do mesmo. É como se bebêssemos uma NEIPA qualquer e pronto, todas as outras seguiriam o mesmo padrão “standarlizado”, mudando somente, em geral, a beleza da lata.
Ahh, sim, isso importa mais do que tentar ser disruptivo, como era proposto a Revolução Cervejeira.
Será que estamos voltando aos mesmos padrões que nos massificaram durante décadas ao produzir tudo igual?
Aqui fica uma pergunta que precisa ser levada em consideração quando falamos do estilo NEIPA, que aliás mudou para Hazy IPA, outra situação, que de certa forma, não respeitou a regionalidade tão importante no seu nome de batismo New England.