Segundo Credit Suisse, volume de produção de álcool, sinalizador da demanda dos fabricantes da bebida, cresceu 20% em agosto, após 23% em julho e 15% em junho O banco Credit Suisse afirmou, em relatório enviado aos clientes, que o terceiro trimestre deve ser o mais forte da história recente da indústria da cerveja no Brasil.
“Observamos que a cerveja representa cerca de 90% do volume total de álcool no Brasil (em litros), e os dados historicamente se correlacionam bem com nosso volume estimado de exportações. Isso apoia a visão de que a indústria da cerveja surpreenderá positivamente nos mercados emergentes, o que pode forçar os investidores a reavaliar o desconto de 15% na avaliação das fabricantes”, diz o relatório.
Ainda segundo o Credit, a indústria de cerveja do Brasil tem sido beneficiada pelo pagamento do auxílio emergencial do governo aos consumidores de baixa renda. Mas o corte do benefício pela metade a partir de setembro e os recentes aumentos de preços provavelmente levarão a alguma moderação.
“É importante ressaltar que acreditamos que a natureza do crescimento é impulsionada pela maior frequência (beber mais vezes), em oposição à intensidade (beber mais por ocasião), que tem maior chance de ser sustentável”, diz.
Entre as empresas, o Credit espera que a Ambev supere os volumes da indústria, impulsionada por uma distribuição mais forte nos mercadinhos de bairro, que se tornaram mais relevantes durante a pandemia, bem como um momento posterior de preços versus concorrência.
Por fim, o banco afirmou acreditar que os recentes aumentos de preços no Brasil também ajudam a aliviar as preocupações dos investidores com as cervejeiras, incluindo a capacidade de compensar quedas nas margens, após uma significativa depreciação do câmbio nos mercados emergentes, e o aumento da competitividade entre a AB Inbev e a Heineken.