O uso de
barril de PET 100% nacional para o transporte e armazenamento de cerveja
artesanal está reduzindo em 20% o custo das microcervejarias e ampliando a
possibilidade de exportação da bebida para outros estados e países.
Desde o início deste ano, Europa, Estados Unidos e Argentina estão recebendo cervejas brasileiras exportadas no barril feito de PET, fabricado em Araucária, Região Metropolitana de Curitiba. Ao todo, mais de 150 cervejarias no Brasil e exterior compram o produto para armazenar e transportar cerveja.
Diretores da Beerkeg Eduardo de Liz e Hamilcar Pizatto Neto (Imagem: Divulgação)
Competitividade – A entrada e a
aceitação do Beerkeg no mercado internacional se deve a alguns fatores
decisivos para os fabricantes de cervejas, redução nos custos.
O empresário
André Franken, da cervejaria Startup Brewing, de Itupeva , em São Paulo, – que
produz cerca de 70 mil litros e passou a utilizar cerca de 600 barris de PET da
Beerkeg mensalmente – conta que as vantagens foram imediatas na escolha do novo
barril.
“Tivemos 20%
de economia se comparado ao outros barris”, afirmou André. Ele enumera ainda
outras vantagens. “O modelo novo ficou mais ergonômico, compacto, permite
empilhamento e trouxe redução no custo de armazenamento e do transporte devido
ao peso, incomparavelmente menor”, afirmou.
Recentemente
a Servus Bier exportou 720 litros de cervejas especiais para Viena, na Áustria,
usando os Beerkegs. Segundo o gerente comercial, Saulo Imparato, os barris de
PET representam o diferencial nas operações de exportação. “São a única forma
de exportar. Se fossemos usar o barril de inox, teríamos que pagar mais caro
pelo barril e arcar com os custos de trazê-lo de volta”, pontuou. As bebidas
foram enviadas para um festival chamado Braukultur – Wochen, organizado pela
cervejaria Ottakringer.
NÚMEROS
Segundo o
Ministério da Economia, a exportação de cerveja brasileira movimentou US$ 88,47
milhões, em 2018. São cerca de 135 mil litros. Em 2019, o mês com maior
exportação de cerveja foi abril, com US$ 8,74 mi movimentados pelo mercado
nacional.
O último
levantamento realizado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
(Mapa) aponta 679 microcervejarias no país, com a maior concentração no Rio
Grande do Sul (142) e São Paulo (124). No mesmo período, o número de novos
registros de chopes e cervejas chegou a 8.903.
Uma pesquisa
realizada pela Kirin Beer University, divulgada pelo Anuário da Associação
Brasileira da Indústria da Cerveja (CervBrasil), aponta o Brasil como o 3º
maior produtor de cerveja do mundo. As microcervejarias, que produzem cervejas
especiais, representam 1% desse mercado, segundo a Associação Brasileira de
Bebibas (Ababe).
DIFERENCIAL
O sócio da
Beerkeg, Hamilcar Pizzato Neto, afirma que o barril de PET foi idealizado para
ser econômico. “Por reduzir custos e simplificar o processo de envase dentro
das cervejarias, permite que a produção de cerveja seja maior e os preços
menores. Eles já são entregues sanitizados, eliminando gastos com equipamentos
e funcionários. Tem pronta entrega, o que acaba com o gasto em espaço para
armazenamento. Por ser mais leve diminui o custo do frete e não requer
logística reversa”.
Também sócio
da Beerkeg, Eduardo de Liz, conta que o barril passou por mudanças recentes “A
última versão, geração 8 do nosso barril, melhorou alguns detalhes como a
possibilidade de empilhamento e a facilidade para carregar o keg, que ficou
mais robusto”, afirma.
A fábrica da
Beerkeg fica em Araucária (PR). O produto é vendido em todo o Brasil e
exportado para cervejarias de diversos países, com capacidades para 30 litros e
20 litros de chope.
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