O festival fundado em Montreal chegou a mais uma edição em terras tupiniquins, desta vez o Mondial de la Bière atraiu quase 40 mil pessoas nos quatro dias de evento.
Para dar um “toque brasileiro” ao festival, alguns fatos lamentáveis tiveram que ocorrer durante o evento. Os expositores pagam um aluguel referente ao local utilizado durante o festival, além disso, precisam reverter para a organização 30% das vendas e caso queiram ter segurança no seu stand, terão que contratar o serviço de alguma empresa terceirizada. Com estes fatos em mente, podemos imaginar que seriam poucos os expositores que iriam pagar por seguranças adicionais para proteção de seus bens, isso resultou nos seguintes acontecimentos:
Roubos no Mondial de la Bière
Foto: Reprodução O Globo
Sábado no período da manhã, terceiro dia do evento, a cervejaria 2Cabeças se deu conta da falta da sua Marry me in Rio, uma colaborativa com a Amager Bryghus da Dinamarca, cerveja que seria lançada no evento, um barril de 30 litros simplesmente desapareceu!
Após a mobilização de cervejeiros cariocas, alguns prints e a cerveja roubada na sexta feira anterior, foi localizada. Segundo o jornal O Globo, ao ser localizado e envergonhado, o ladrão arrependido mandou um intermediário devolver o barril no Herr Pfeffer, no Leblon, no domingo.
“- Seria a estreia dessa cerveja no Rio. Todos perguntando sobre ela, ansiosos… e levaram o barril, simples assim. A segurança deixou uma pessoa sem crachá ou qualquer identificação sair com um barril cheio pela porta da frente” – reclama Bernardo Couto, sócio da 2cabeças.
O segundo caso ficou para a Hocus Pocus, também do Rio, a cervejaria teve camisetas roubadas e uma caixa de ferramentas em seu estande na última noite do festival. O prejuízo estimado é de R$ 2,5 mil.
Imagem: O Globo
Imagem: O Globo
Em nota, a organizadora do Mondial, a Fagga se defende com assinatura de Luana Cloper, diretora de negócios da empresa:
“A organização do evento soube através da nota sobre o caso de furto do barril da Invicta. No final do evento é comum que visitantes comprem ou ganhem, diretamente dos expositores, barris para decoração, coleção. Existe esse movimento na saída. Num evento que recebeu quase 10 mil pessoas por dia, tivemos esse caso. Mas o “larápio” estava usando o barril como banco, é preciso entender como ele teve acesso a isso. Que bom que o Bernardo (Couto) vai conseguir fazer o lançamento.”
“Sobre o caso Hocus Pocus, o sócio da marca informou à organização do evento que percebeu somente hoje, no final da manhã, que alguns produtos haviam sumido. E que sabia que não deveria ter deixado lá. A regra para desmontagem é que cada expositor deve retirar as mercadorias dos estandes até as duas horas da manhã ou então contratar segurança exclusiva para zelar pelos produtos. Depois desse horário, há várias empresas desmontando o evento simultaneamente. A empresa responsável pela desmontagem do estande da Hocus Pocus chegou somente às sete horas da manhã para executar o serviço.”
Neste caso fica o questionamento; mesmo cobrando aluguel, taxa de 30% nas vendas e ingressos para o público chegando na casa de R$ 50,00 a organização do evento não conseguiu arrecadar fundos para proteger seu festival, ou melhor, os bens das empresas que pagaram para trabalhar no evento deles?
O festival também contou com inúmeras críticas de público, onde o preço praticado e as filas foram citadas para quem não aprovou e para quem aprovou o evento.
No saldo geral, o evento foi bom para o público que tirou um tempinho para avaliar o Mondial de la Bière no Facebook.
No dia 3 de dezembro, às 19h, no bar Brewteco, no Leblon, receberá em suas torneiras a Marry me in Rio. O nome do evento que comemora o resgate do barril? Rescue me in Rio.
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